07/12/2011

Secreto 2

Não tenho nome, porque os nomes limitam, são repetitivos, uma convenção. Sou um amontoado de palavras que se combinam e recombinam. Sou o bicho da sede que, ao final de seu trabalho, está definitivamente preso no novelo. Você é meu novelo. A cada dança de aproximação meu coração sai da boca, minha pele arrepia, como naqueles tempos distantes em que te via passar e ficava embevecido. Ah, quanto tempo de espera e nunca antes te senti tão perto, tão real, tão mágica.

Bem, dizem que viver é uma espécie de loucura criada pela morte. Mas o exato momento em que acena com sua presença na minha vida deve significar um prenúncio de morte feliz